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Florianópolis,20 de maio de 2016.

 

A campanha nacional de vacinação contra a gripe em Santa Catarina encerrou nesta sexta-feira, dia 20 de maio. Foram vacinadas1.629.455 pessoas, conforme balanço preliminar divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde com dados até as 17h desta sexta-feira.

Entre os grupos prioritários, em que se acompanha a cobertura vacinal (crianças entre seis meses e cinco anos de idade, trabalhadores de saúde, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas e idosos), foram aplicadas 1.119.675 doses, o que equivale a uma cobertura de 88,3%, ultrapassando a meta do Ministério da Saúde de 80%. Outras 414.491 doses foram aplicadas em indivíduos portadores de doenças crônicas ou com condições clínicas especiais*. Como a estimativa é que existam 461.739 pessoas com comorbidades que devem ser imunizadas, já foram vacinadas 89,8% das pessoas pertencentes a este grupo.

Em Santa Catarina, os grupos prioritários que mais se vacinaram foram as puérperas (97,7%) e os idosos (96,1%) conforme os registros realizados pelos municípios no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde até o dia 20 de maio. Os que menos buscaram a vacinação foram as gestantes (64,6%). Entre as crianças, a cobertura vacinal foi de 79,2% e entre os trabalhadores de saúde foi de 89,24%. Para os indígenas, equipes específicas realizaram a vacinação nas aldeias.

“Esse ano houve um boa procura por parte da população já nas primeiras semanas de campanha, demonstrando a confiança da população na estratégia”, comemora Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização e Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde. O balanço final da campanha nacional de vacinação contra a gripe 2016 em Santa Catarina será divulgado no dia 13 de junho, pois os municípios têm até o dia 10 para atualizarem o sistema. 

O objetivo da campanha de vacinação é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza na população alvo para a vacinação. Estudos demonstram que, em populações não vacinadas, a maioria das mortes por influenza é registrada em idosos e em crianças menores de cinco anos. Em adultos, a maioria das complicações e mortes ocorre em pessoas portadoras de doenças crônicas. As gestantes e as puérperas também apresentam risco elevado para apresentarem complicações graves associadas à influenza.

Sobre as doses de vacina

A campanha foi iniciada no dia 25 de abril em Santa Catarina, com a antecipação de uma semana em relação ao calendário nacional. No total, o Estado recebeu 1.759 milhão de doses do Ministério da Saúde, quantidade suficiente para vacinar 100% da população pertencente aos grupos prioritários. Vacinas estão reservadas nos municípios para a aplicação da segunda dose nas crianças que foram imunizadas pela primeira vez este ano. “Os municípios com doses remanescentes foram orientados a continuar vacinando as pessoas dos grupos de risco, principalmente crianças e gestantes, até o final do estoque”, alerta Vanessa.

A Secretaria de Estado da Saúde segue as orientações do Ministério da Saúde, cujo processo de inclusão de novas vacinas e o estabelecimento de grupos populacionais a serem cobertos são decisões respaldadas em bases técnicas, científicas e logísticas, evidência epidemiológica, eficácia e segurança do produto, somados a garantia da sustentabilidade da estratégia adotada para a vacinação. Diante desse contexto, a decisão de destinar a vacina fornecida pelo Programa Nacional de Imunização para grupos sem recomendação explícita por parte do Ministério da Saúde constitui uma violação dos princípios do SUS, que determinam que as ações de saúde pública devem seguir critérios epidemiológicos claros e concisos para alcance dos seus objetivos de forma a proteger a saúde dos cidadãos, em especial os mais vulneráveis.

 

Higiene e etiqueta da tosse

Lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia e adotar a chamada etiqueta da tosse são a principal recomendação dos especialistas para prevenir a gripe. Isso porque as mãos são um importante veículo de transmissão do vírus da gripe, como o influenza. A partir do contato com um doente ou com uma superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, se a pessoa levar a mão ao rosto, causando lesões que podem ser graves e até fatais, se não tratadas a tempo.

De 1º de janeiro a 20 de maio, 1.175 pessoas foram hospitalizadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por gripe em Santa Catarina, conforme o Informe Epidemiológico N°11/2016 - Vigilância da Influenza da Dive/SC. Dessas, 81 pessoas morreram.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave são casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica que, na maioria dos casos, leva à hospitalização. Os casos podem ser causados por vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da influenza do tipo A e B, ou por bactérias, fungos e outros agentes.

O vírus é transmitido de pessoa a pessoa a partir das secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou do espirro. “Ele pode, também, sobreviver por horas no ambiente, especialmente em superfícies tocadas frequentemente por várias pessoas, como corrimão, interruptores de luz, maçanetas, carrinhos de supermercado, entre outros”, alerta Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização da Dive/SC. Segundo Vanessa, é importante evitar tocar os olhos, a boca e o nariz após o contato com essas superfícies até lavar as mãos. Outras recomendações são evitar compartilhar objetos de uso pessoal e permanecer em ambientes sem ventilação e com aglomeração de pessoas.

Os sintomas, em geral, são febre alta, calafrios, tosse, dor de cabeça, dor de garganta, cansaço e dores musculares. “Quem apresentar febre alta, tosse e falta de ar deve procurar uma unidade de saúde em até 48 horas”, alerta Vanessa. O tratamento precoce com medicamentos antivirais ajuda a evitar a evolução para formas graves.  Quem estiver gripado deve sempre cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou com um lenço descartável ao tossir e espirrar, e lavar as mãos com água e sabão assim que possível. Essa é a chamada Etiqueta da Tosse, importante atitude para reduzir a circulação do vírus da gripe. 

Saiba mais em www.gripe.sc.gov.br

*Indivíduos que apresentem pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias; nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas; distúrbios metabólicos; transtornos neurológicos e do desenvolvimento (como epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outros); obesidade; imunossupressão associada a medicamentos; neoplasias; HIV/AIDS ou outros e pacientes com tuberculose, de todas as formas.