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Florianópolis, 27 de maio de 2016

Aspectos Gerais:

A contaminação com biotoxinas de animais marinhos que têm uma alimentação filtradora, como é o caso dos moluscos bivalves, pode originar intoxicações agudas no homem, embora aparentemente o animal contaminado não apresente alteração. Estas toxinas são produzidas por um reduzido número de espécies de microalgas, cujas concentrações no meio marinho aumentam quando as condições do meio favorecem o seu crescimento.

No dia 24 de maio de 2016, foi detectada pelo Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC a presença da toxina diarreica (DSP - Diarrhetic Shellfish Poisoning) produzidas por microalgas do gênero Dinophysis, em amostras de moluscos bivalves (ostras, vieiras, mexilhões e berbigões) no litoral do estado. Algumas espécies de Dinophysis produzem toxinas que, quando acumuladas em moluscos bivalves acima de certos níveis, causam a síndrome do "envenenamento diarreico por consumo de mariscos" ou DSP. Os sintomas produzidos são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais. Seus sintomas se manifestam de 30 minutos a poucas horas após a ingestão do molusco contaminado e a recuperação do paciente se dá entre 2 e 3 dias, independente do tratamento médico. A interdição das áreas de cultivo de moluscos bivalves, proibindo a comercialização e o consumo desses animais e seus produtos é uma ação preventiva, uma vez que, a toxina do grupo DSP é um composto químico termo resistente.

Considerando o risco de intoxicação alimentar, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica alerta:

1. Vigilância Epidemiológica

  • As vigilâncias epidemiológicas bem como os serviços de saúde devem ficar alertas aos casos suspeitos de doença diarreica aguda em pessoas que ingeriram moluscos bivalves (ostras, vieiras, mexilhões e berbigões).
  • Considera-se caso suspeito de Doença Diarreica Aguda causada por toxina do grupo DSP: Pessoa que tenha ingerido frutos do mar, principalmente moluscos bivalves nos últimos 7 dias e que apresente aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Podendo ser acompanhada de náusea, vômito, febre e dor abdominal, com persistência de sintomas entre um e três dias.
  • Em caso de surto (dois ou mais casos com vínculo epidemiológico) o mesmo deverá ser notificado para a Vigilância Epidemiológica do Município e investigado, segundo orientações da Nota Técnica em surtos de DTA e DDA e Manual de orientação para investigação de surtos de DTA, disponibilizados na página: www.dive.gov.br. (clique aqui)

2. Tratamento:

O tratamento é sintomático, assim, medidas de suporte devem ser instauradas para que os pacientes sejam hidratados até que os sintomas desapareçam.

           Diretoria de Vigilância Epidemiológica

DIVE/SUV/SES/SC

 

Informações adicionais para a imprensa:

Letícia Wilson / Patrícia Pozzo
Núcleo de Comunicação
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
Secretaria de Estado da Saúde
Fone: (48) 3664-7406 | 3664-7402
divecomunicacao@saude.sc.gov.br