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Neste mês do Outubro Rosa, a Secretaria de Estado da Saúde convida trabalhadores e sociedade, para uma reflexão sobre a detecção precoce do câncer de mama e qualidade de vida. O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 90, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama.

A data é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença.

mulher

O Ministério da Saúde, o Instituto do Câncer (INCA) e a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, esperam contribuir com discussões acerca das recomendações sobre o diagnóstico precoce e rastreamento de câncer de mama, desmistificando crenças em relação à doença e às formas de redução de risco e de detecção precoce. É preciso também garantir acesso ao diagnóstico e ao tratamento com qualidade e no tempo oportuno para todas as mulheres.

Estima-se que 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados quando são adotadas práticas saudáveis como:
- Praticar atividade física;
- Alimentar-se de forma saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro;
- Amamentar o maior tempo possível.

Existe um exame que permite a detecção precoce do câncer de mama, a mamografia.
Mamografia: a radiografia da mama permite a detecção precoce do câncer por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável na grande maioria das vezes.

O Ministério da Saúde, a partir da publicação do documento “Diretrizes para Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil”, (Portaria nº 59, de 1 outubro de 2015) deliberado pela Plenária da Comissão Nacional de Incorporação em Tecnologias em Saúde (CONITEC), apresenta análise de estudos realizados em diversos centros de pesquisa de excelência, mundialmente reconhecidos, com a finalidade de ampliar e qualificar a detecção precoce do câncer de mama e esclarecer sobre os possíveis riscos e benefícios do rastreamento. Convém esclarecer que o documento trata da mamografia de rastreamento, que é diferente da mamografia diagnóstica.

No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é a realização da mamografia de rastreamento (realizada quando não há sinais ou sintomas de problemas de mama) em mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos.

Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com o médico, para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada. A mamografia diagnóstica, assim como outros exames complementares com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico.

RISCOS E BENEFÍCIOS DA MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. Conheça os principais riscos e benefícios.

Benefícios:
- Identificação do câncer no início, possibilitando tratamento menos agressivo.
- Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.

Riscos:
- Resultado falso positivo: alterações na mama com suspeita de câncer, sem que se confirme a doença com os exames confirmatórios. Esse alarme falso gera ansiedade e estresse.
- Resultado falso negativo: o câncer existe, mas o resultado da mamografia é normal. Esse erro gera falsa segurança à mulher.
- Sobrediagnóstico e sobretratamento: Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.

- Exposição à radiação ionizante dos raios X: Raramente causa câncer, mas há estudos que relatam aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. Estudos demonstram que os possíveis danos associados ao rastreamento de câncer de mama são maiores do que se pensava no passado, podendo superar, ou ao menos diminuir, o potencial benefício associado a essa prática, tanto do ponto de vista de perda de qualidade de vida quando da ocorrência de mortes desnecessárias.

“Como o rastreamento mamográfico pode resultar em danos à saúde das mulheres e, em casos mais raros, até mesmo na morte, é necessário que todas as mulheres convidadas para o rastreamento sejam informadas sobre os possíveis danos, o provável balanço entre eles e os possíveis benefícios do rastreamento, os quais também são raros. No nível da assistência individual, é importante investir em um conceito de consulta centrada na paciente e no reconhecimento da sua autonomia, criando espaço para um processo de decisão compartilhada. Esse processo é um desafio em face das incertezas existentes e dos conceitos prevalentes, que em geral fazem com que as mulheres superestimem muito o benefício do rastreamento mamográfico e subestimem os danos a ele associados” (BRASIL, 2016).

Para saber mais, acesse o documento na íntegra:

BRASIL. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – Rio de janeiro: INCA, 2015.

A SES/SC não poderia deixar de lembrar que as equipes podem abordar também nesse mês a temática do câncer de colo de útero. Orientar todas as mulheres sobre a importância da realização do exame citopatológico, tendo em vista que as evidências científicas atuais demonstram a efetividade deste programa de rastreamento relacionada à redução de mortalidade por câncer de colo de útero e ampliação da qualidade de vida.

O Ministério da Saúde/INCA publicou em 2016 as "Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero" disponível no site

Segue abaixo um modelo de carta que pode ser dirigido para a população feminina na faixa etária do rastreamento de câncer de colo do útero.

ATENÇÃO MULHER!

FAÇA SEU EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO DA FORMA CORRETA!

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1- Este exame deve ser feito pelas mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram ou tem vida sexual ativa!
2- Se você nunca fez este exame, procure a Unidade Básica de Saúde do seu bairro!
3- O Ministério da Saúde indica que se a mulher já fez 2 exames anuais consecutivos, com resultado normal, ela poderá repetir o exame somente a cada 3 anos!
4- Se você tiver dúvidas converse com a Equipe de Saúde de seu bairro! Existem situações que devem ser avaliadas, de acordo com a história de vida e saúde de cada pessoa!
Fazer exames desnecessários pode fazer mal à sua saúde!

 

 

 

SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

GERÊNCIA DE COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA